Análise a ONE PIECE LIVE ACTION - (season 1) - NETFLIX

★★★★★ - Será este o Live Action que quebrou a maldição da Netflix? Uma análise completa sem te preocupares com spoils.

A tão esperada adaptação do famoso anime e mangá de Eiichiro Oda, One Piece, chegou na última quinta-feira dia 31 de Agosto á Netflix e conquistou o mundo. A série que conta agora com 8 episódios cada um de aproximadamente uma hora, dá vida a Monkey D. Luffy, um dos mais famosos protagonistas de anime por todo o mundo. Luffy deseja ser o Rei do piratas e para isso parte á aventura pelos mares de South Blue.

Existia muita discussão sobre o possível sucesso desta Live Action devido aos fracassos de outras anteriores. No entanto, One Piece convenceu.
Comecemos pelo ambiente e o mundo de One Piece, os ambientes e cenários de mundo fantástico e antigo são imensamente fieis á história original, fica claro que houve preocupação em manter os fãs agarrados aos momentos. Como por exemplo, a fidelidade aos barcos e edifícios. Efeitos CGI também convincentes para uma sere e mais uma vez, fieis á história.

Depois temos as atuações, que na minha opinião foi o que fizeram o sucesso deste Live Action. Embora que tenha existido espaço para implementar certas diferenças em algumas personagens (não seria possível ser exatamente igual) quase todos os papéis foram perfeitos. Iñaki Godoy (Luffy) parece ter nascido para este papel. Conseguiu transmitir toda a inocência e convicção que faz parte do capitão dos chapéus de palha de uma forma extremamente convincente. Emily Rudd (nami) fez um excelente trabalho no que toca aos sentimentos da personagem para a altura da história. Distante e fria por obrigação, mas que ao mesmo tempo notava-se uma preocupação com os seus companheiros, sentimento este que vimos crescer na sua personagem. Mackenyu (zoro) está um pouco diferente da história original. Mais calado e fechado, algo que até é característico de Zoro mas não nesta parte da história. No entanto, conseguiu também transmitir toda uma vibe de espadachim e soube também ser emotivo quando o deveria ser. Jacob Romero (Usopp) é um pouco como Iñaki, nasceu para o papel. Assim como vejo o cobarde e o mentiroso membro dos chapéus de palha no mangá e no anime, vi também neste live action. Taz Skilar (Sanji) apesar de uma boa atuação e de algumas mudanças também da história original, foi o que talvez menos me convenceu. Por alguns momentos pareceu que era apenas uma atuação sem sabor.

Resta apenas comentar a História em si, sem spoilers claro, que apesar de diferenças da original, está muito bem traduzida, com alguns momentos cortados e outros diferentes mostrados. Como por exemplo a batalha de Zoro Contra Mister 7 ou até mesmo o crescimento da relação entre Monkey D. Garp e Kobby que não é retratada no mangá. Temos o prazer de poder assistir á mesma história mas com algo que não vimos antes, ao mesmo tempo fiel e decididamente a pensar nos fãs. Resta-nos apenas aguardar pela segunda temporada.